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domingo, 3 de novembro de 2013

Isso que é transporte público! – Parte 1 (Ônibus municipais)

Como nos últimos posts eu só mencionei minha locomoção por bicicleta, achei que estava na hora de falar do transporte público da Coreia (principalmente do de Daejeon). Esse é um assunto que renderia teses e teses de mestrado e doutorado e a questão é que é muito difícil você se perder quando se pega um ônibus, por exemplo (ainda mais se você consegue ler algo de coreano). Já o metrô de Daejeon é simples até demais, porque conta apenas com uma linha, diferentemente do de Seul, que tem 19 (sendo nove municipais e o restante metropolitano).

Um guia das rotas de ônibus de Daejeon, que peguei na International Community   

 Quando o tema é transporte público, a Coreia realmente é um modelo: wi-fi dentro de todos os modais, sistema de anúncio da próxima parada nos ônibus, aplicativo no celular que te diz a posição exata da linha que você deseja pegar (tem o mesmo nos pontos), integração ônibus-metrô com possibilidade de pegar entre três e cinco tipos de transportes diferentes pagando uma só tarifa (que em média custa o equivalente a um dólar). A lista de benefícios é grande e olha que não cheguei nem na metade.

Para conseguir visualizar melhor essa maravilha, pense em quando você chega num ponto de ônibus em Daejeon e se depara com algo assim: 


 
No fundo de todas as marquises dessas paradas, você encontra diversos mapas da cidade. Cada mapa mostra uma região e todas as opções que existem para poder chegar onde se deseja. Isso é muito útil até para os moradores locais. Quando eles estão indo a algum lugar desconhecido, podem ficar mais tranquilos para achar o melhor caminho no próprio ponto. Simples assim, como se vê abaixo:



A telinha no canto direito da primeira foto é a que informa as linhas que param naquele ponto, o destino delas e a localização do próximo ônibus. Quando um deles está se aproximando, uma voz informa que dentro de instantes a linha tal chegará àquele local, o que também pode ser acompanhado pelo celular. Isso me tem sido muito útil. Antes de sair de casa, eu sempre checo quanto tempo meu ônibus vai demorar. Se eles dizem quatro minutos, saio correndo. Se for dez minutos ou mais, dá até para fazer um lanchinho extra.





Dentro dos ônibus, o passageiro tem wi-fi gratuito e até um relógio mostrando a hora naquele momento. Há várias placas informativas contendo os horários de circulação daquele veículo, com os nomes de todas as “estações” daquela linha. Além de estar escrito, ainda há uma gravação anunciando a cada parada os nomes dos dois próximos pontos.





O problema disso é que tanto as placas quanto a voz geralmente são apenas em coreano, o que restringe um pouco o alcance dos turistas. A única informação que também é dita em inglês é quando a parada tem integração com o metrô ou é uma universidade ou ponto turístico famoso. Se você quiser fugir desses lugares badalados, que se vire para entender o idioma.

Outra coisa positiva é que todos os ônibus têm ar-condicionado ou aquecedor. Mas, não sei se os motoristas são treinados para usar esses recursos apenas em casos extremos, porque geralmente fica um calor infernal dentro dos ônibus, mas ninguém abre a janela. Realmente não entendo porque os coreanos não fazem isso. No início, eu até achava que não tinha como abri-las. Até que um dia eu sentei perto da janela e me dei conta de que minha intuição estava errada. Só sei que quase sempre eu frito lá dentro, mesmo quando está uns 5ºC lá fora... Vai entender.



Bom, como esse assunto de transporte público é muito extenso, vou deixar para falar de tarifas, trem-balas, metrôs e ônibus intermunicipais em outros posts.


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