Quartos lembram hotéis ou o conforto de casa |
Em vez de seguir as antigas tradições coreanas e ir direto para casa, como mencionado em outro post, a mulher e o bebê ficam nos centros de saúde pós-natal com todo o conforto e ajuda necessários no início da vida materna e recebem o auxílio que precisam na recuperação física e emocional do estresse causado pelo parto. Esses centros oferecem uma estadia de cerca de duas semanas com tudo incluído: refeições, cuidados com a pele, massagens. Além disso, enfermeiras ficam disponíveis o dia inteiro tomando conta do bebê e dando as orientações necessárias sobre amamentação e outros cuidados. As visitas são restritas.
Já faz 18 anos que os centros de saúde pós-natal existem na Coreia. Em 1997, quando o primeiro desses centros foi inaugurado, a taxa de natalidade no país era uma das menores do mundo, com 1,3 filhos por casal. No início, era uma forma alternativa das doulas poderem exercer seu trabalho, mas acabaram se tornando centros para conforto das famílias. Mesmo com o valor elevado, existem filas de espera e precisam ser agendados com meses de antecedência.
Mamães recebem ajuda de enfermeiras e doulas |
Em Gangnam, bairro de Seul conhecido como centro do mercado de luxo coreano, encontram-se os mais famosos desse gênero na Coreia: o Saint Park e o MH Postpartum Care Center. O primeiro conta com paredes de pedra, iluminação relaxante e um pavilhão luxuoso com tema de praias de Bali. As refeições são preparadas com ingredientes orgânicos e usam produtos para pele importados da Suíça, além do serviço de limusine (foto). O segundo oferece saunas feitas com hinoki, madeira japonesa usada em templos e palácios.
Foto: www.mygoyang.com |
A mídia coreana tem divulgado essa como a mais nova onda do país a ser exportada, assim como o K-Pop ou os Kdramas. Com origem na Coreia, o modelo dos centros de saúde pós-parto é algo inédito no mundo e já começou a atrair a atenção de estrelas mundiais, como a atriz japonesa Koyuki Kato, que atuou em “O Último Samurai”, ao lado de Tom Cruise. E deve ter cada vez mais gente interessada nas facilidades proporcionadas por esses locais.
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Eu, particularmente, prefiro ficar em casa nesse momento. Por mais prático que seja, a mulher tem um instinto materno e pode pesquisar informações. Assim, mesmo sozinha e sem nenhuma ajuda, dá para se virar bem. E falo isso porque comigo aconteceu desse jeito. Meu marido me deu suporte na primeira semana e, depois que ele voltou a trabalhar na África, ficamos só eu e o bebê. Mas, para quem tem dinheiro sobrando, deve ser ótimo passar pelo período do pós-parto com todo esse aparato. Muito chic, gente!
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