No
último domingo (15/09), completou-se uma semana desde que cheguei na Coreia, mas o
tempo passou tão rápido que parece que foi ontem. Ao mesmo tempo, eu fiz tanta
coisa que sinto como se já estivesse aqui há meses. Escalei montanha em nível
avançado, visitei uma barragem, andei 40km de bicicleta, fui ao spa, comi
tteok-mandu-kuk, estudei, estudei e estudei mais um pouco. E, nos próximos
cinco dias, vou descansar bastante durante o feriado de Ação de Graças (ou 추석 [Chuseok], como dizem os coreanos). Mas hoje vou
falar um pouco sobre essa vida de estudante.
Bom,
para ilustrar melhor a situação, qual imagem vem à mente quando se pensa em uma
universidade na Coreia (ou China ou Japão)? Primeiramente, a maioria dos
estudantes e professores têm o mesmo biotipo, não é? Traços semelhantes, com
pele clara e olhos puxados. Mas, então, você imagina que, pelo menos, a turma
de coreano para estrangeiros vai estar cheia de pessoas diferentes.
A
surpresa que tive é que embora as estatísticas da universidade mostrem que
apenas 40% dos intercambistas seriam chineses, os meus primeiros dias
demonstraram que esses números precisam ser revistos. Os alunos da China devem
compor mais de 70% de um total de 200 pessoas. Só na minha turma, de 13 alunos,
há apenas três não-chineses: eu (brasileira), a Julia Dumin (alemã) e o Takase
Susumu (japonês). E esse último não conta porque também é oriental.
Isso
quer dizer que eu sou a única americana na minha turma e, juntamente com a
alemã, faço parte do restrito número de não-asiáticos da universidade de
Chungnam, em Daejeon. E justamente foi com ela que eu me juntei, porque o nível
de inglês da maior parte dos chineses é extremamente básico. Aliás, pelo que eu
percebi, acho que sou a única brasileira por lá. Já encontrei uma paraguaia, um
equatoriano, alguns mexicanos (que vão formando seus próprios grupinhos
fechados), mas até agora nenhum sinal de meus compatriotas.
Abaixo,
segue uma foto do prédio de “Letras”.
Desafios do cotidiano
O
maior desafio desde que comecei a estudar coreano na CNU foi o meu primeiro dia
de aula. Quer dizer, no que eu achei que fosse o primeiro dia de aula. Quando
fui à universidade no dia e hora marcados para iniciar o curso, não havia
nenhuma indicação sobre turma, sala ou qualquer outra informação. Perguntamos
no setor responsável e disseram para esperar na recepção. De repente, chegaram
diversos alunos perdidos como eu.
Foi
quando o Jerry me disse que tinha um aviso escrito somente em coreano num
cantinho escondido do mundo dizendo que haveria uma cerimônia de recepção aos
novos alunos e depois um teste de nivelamento. Quando chequei meu nome, vi que
eles me colocaram para fazer a prova do nível dois (dentre seis). A aula em si
só começaria na terça-feira e, portanto, um dia depois.
Bom,
o evento inicial foi apresentado somente em coreano, o que fez com que metade
das pessoas não entendesse nada. Depois, me encaminharam para o teste, que era
tão difícil que eu só consegui responder uma questão. Aí, fui enviada para tentar
a prova para o nível um e foi nesse que fui alocada.
As
aulas têm sido extremamente tranquilas. A professora, Kim Hyung Suk, é muito
doidinha e fica batendo com o bastão em formato de dedo do Mickey o tempo todo
no quadro branco para a gente consertar nossa pronúncia (ainda bem que ela não
teve a ideia de acertar os alunos com aquilo). Por ser voltada a iniciantes, a
matéria é bem fácil, mas é melhor começar do zero e fazer direito que ir para
uma aula em que eu não conseguiria acompanhar o ritmo. Uma bolsista da Etiópia
me disse que o nível 2 é bem tenso (imagina o 6)!
Como
ainda não tenho foto com meus colegas de classe, tirei pelo menos algumas do campus
e dos arredores:
Que lindaaa! Texto leve, excelente. Amigaaaa! Jurava que teria mó gringada na sua turma. Q coisa!!! Agora pense! Vc q sabe tanto de coreano, ainda caiu no nível 1. Afff. Como é difícil. Mas vc é guerreira. Vai superar rápido qq obstáculo. Mesmo sendo a única americana (negra!! kkkk) do pedaço. Sucesso. Saudades. Te amo.
ResponderExcluirparabéns! XD
ResponderExcluirparabéns!!!!
ResponderExcluirSeu campus é incrível, Nanny. As suas experiências por aí idem!
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