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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Vida de estudante na Chungnam National University (CNU)

No último domingo (15/09), completou-se uma semana desde que cheguei na Coreia, mas o tempo passou tão rápido que parece que foi ontem. Ao mesmo tempo, eu fiz tanta coisa que sinto como se já estivesse aqui há meses. Escalei montanha em nível avançado, visitei uma barragem, andei 40km de bicicleta, fui ao spa, comi tteok-mandu-kuk, estudei, estudei e estudei mais um pouco. E, nos próximos cinco dias, vou descansar bastante durante o feriado de Ação de Graças (ou 추석 [Chuseok], como dizem os coreanos). Mas hoje vou falar um pouco sobre essa vida de estudante.

Bom, para ilustrar melhor a situação, qual imagem vem à mente quando se pensa em uma universidade na Coreia (ou China ou Japão)? Primeiramente, a maioria dos estudantes e professores têm o mesmo biotipo, não é? Traços semelhantes, com pele clara e olhos puxados. Mas, então, você imagina que, pelo menos, a turma de coreano para estrangeiros vai estar cheia de pessoas diferentes.

A surpresa que tive é que embora as estatísticas da universidade mostrem que apenas 40% dos intercambistas seriam chineses, os meus primeiros dias demonstraram que esses números precisam ser revistos. Os alunos da China devem compor mais de 70% de um total de 200 pessoas. Só na minha turma, de 13 alunos, há apenas três não-chineses: eu (brasileira), a Julia Dumin (alemã) e o Takase Susumu (japonês). E esse último não conta porque também é oriental.

Isso quer dizer que eu sou a única americana na minha turma e, juntamente com a alemã, faço parte do restrito número de não-asiáticos da universidade de Chungnam, em Daejeon. E justamente foi com ela que eu me juntei, porque o nível de inglês da maior parte dos chineses é extremamente básico. Aliás, pelo que eu percebi, acho que sou a única brasileira por lá. Já encontrei uma paraguaia, um equatoriano, alguns mexicanos (que vão formando seus próprios grupinhos fechados), mas até agora nenhum sinal de meus compatriotas.

Abaixo, segue uma foto do prédio de “Letras”.  



Desafios do cotidiano

O maior desafio desde que comecei a estudar coreano na CNU foi o meu primeiro dia de aula. Quer dizer, no que eu achei que fosse o primeiro dia de aula. Quando fui à universidade no dia e hora marcados para iniciar o curso, não havia nenhuma indicação sobre turma, sala ou qualquer outra informação. Perguntamos no setor responsável e disseram para esperar na recepção. De repente, chegaram diversos alunos perdidos como eu.

Foi quando o Jerry me disse que tinha um aviso escrito somente em coreano num cantinho escondido do mundo dizendo que haveria uma cerimônia de recepção aos novos alunos e depois um teste de nivelamento. Quando chequei meu nome, vi que eles me colocaram para fazer a prova do nível dois (dentre seis). A aula em si só começaria na terça-feira e, portanto, um dia depois.

Bom, o evento inicial foi apresentado somente em coreano, o que fez com que metade das pessoas não entendesse nada. Depois, me encaminharam para o teste, que era tão difícil que eu só consegui responder uma questão. Aí, fui enviada para tentar a prova para o nível um e foi nesse que fui alocada.
  
As aulas têm sido extremamente tranquilas. A professora, Kim Hyung Suk, é muito doidinha e fica batendo com o bastão em formato de dedo do Mickey o tempo todo no quadro branco para a gente consertar nossa pronúncia (ainda bem que ela não teve a ideia de acertar os alunos com aquilo). Por ser voltada a iniciantes, a matéria é bem fácil, mas é melhor começar do zero e fazer direito que ir para uma aula em que eu não conseguiria acompanhar o ritmo. Uma bolsista da Etiópia me disse que o nível 2 é bem tenso (imagina o 6)!

Como ainda não tenho foto com meus colegas de classe, tirei pelo menos algumas do campus e dos arredores:  
    





4 comentários:

  1. Que lindaaa! Texto leve, excelente. Amigaaaa! Jurava que teria mó gringada na sua turma. Q coisa!!! Agora pense! Vc q sabe tanto de coreano, ainda caiu no nível 1. Afff. Como é difícil. Mas vc é guerreira. Vai superar rápido qq obstáculo. Mesmo sendo a única americana (negra!! kkkk) do pedaço. Sucesso. Saudades. Te amo.

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  2. Seu campus é incrível, Nanny. As suas experiências por aí idem!

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