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sábado, 18 de julho de 2015

A saga de fazer passaporte para meu bebê

Desde que decidi ter meu bebê no Brasil, em junho do ano passado, eu havia comprado minha passagem de ida e volta para Coreia, marcada para 15 de abril de 2015, quando ele teria uns 6 meses. Assim, em dezembro, eu comecei a pesquisar o que seria necessário para fazer o passaporte do meu filhote. Foi quando pressenti que teria problemas com a autorização do pai (já que meu marido trabalha na África), necessária para a elaboração do documento para menores de 18 anos. E não deu outra. Tive que adiar minha viagem para 30 de abril, senão não conseguiria ter o passaporte dele em mãos a tempo. 

Passaportes brasileiro e coreano: mesma pessoa, dois nomes

Fiquei dois meses na Coreia, mas agora já estou no Brasil de novo. Mas não postei nada durante um tempão por causa desses impasses e dos meus horários loucos de trabalho. A notícia boa é que meu filho já tem os dois passaportes e dupla nacionalidade (até completar 18 anos, pelo menos, como já disse em outro post). Ele nasceu no Brasil e uma semana depois meu marido fez o registro dele na Coreia. Então, pensei ainda em recorrer a esse fato. Quando liguei para o consulado coreano em São Paulo, fui informada de que apenas o pai coreano poderia fazer a solicitação do documento. Ou alguém da família que tivesse a cidadania. Como eu não tenho e nenhum parente do meu esposo vive no Brasil, não teria como.

Então, tive que contar com a boa vontade dos policiais federais em aceitarem o documento que meu marido me mandou. O problema aconteceu mais porque o local de trabalho do meu esposo é muito longe de uma embaixada brasileira. Ele enviou dois documentos em fevereiro e março que foram negados. Até chegar a versão final, no entanto, foi um estresse total. Então, aproveitei e fiz o passaporte coreano também, que aliás, tem validade de cinco anos para menores de idade, enquanto que o brasileiro tem data para expirar diferentes até a criança completar 5 anos.

Os coreanos têm ainda a possibilidade de escolher passaportes com validade de cinco ou dez anos, no caso de adultos. E o meu já tem o seu. Mas também não foi tão fácil, porque só coreanos podem dar entrada nesse processo. E minha sogra tinha entendido errado. Aí, me fez ir à Prefeitura de Daejeon para assinar o pedido, já que meu marido não poderia por estar trabalhando em outro país. O documento levou quatro dias úteis para ficar pronto e agora meu bebê já pode ir para os Estados Unidos sem visto.

A questão de ele ter nomes diferentes, um brasileiro e outro coreano, pode ser vista pelos passaportes. Parece uma dupla identidade. Mas acabou que o nome coreano dele não seguiu as regras do clã do meu marido, como eu disse em outro post. E todo mundo acha que eu que escolhi a forma como ele se chama lá, porque é igual ao de algumas celebridades, como o ator Lee MinHo (foto) e o cantor Choi MinHo do Shinee (esse inclusive tem o mesmo sobrenome, foto).

Ator Lee MinHo e Choi Minho, do Shinee, não foram inspiração
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Vou pedir desculpas, porque fiquei quase quatro meses sem postar nada, mas já tenho uma lista imensa de assuntos que queria dividir com vocês. O próximo vai ser sobre uma dúvida que muitos têm e me perguntam sempre: se os coreanos são frios. Depois que fui à Coreia com bebê, posso responder a esse questionamento com algumas informações mais interessantes. Semana que vem, tem post novo! ;)